terça-feira, 1 de março de 2011

VIDAS INVISÍVEIS

Há uma semana me emocionei ao assisitir a matéria sobre viciados em crack que " se escondem da vida " , vivendo nas redes de esgoto em Ceilândia. É desumana a maneira com que são tratadas as vidas de tantos brasileiros relegados ao desinteresse público e ao esquecimento. Viciados, miseráveis, moradores de rua, trabalhadores sujeitos a subempregos, famílias sem saneamento básico, sem água, sem educação, sem dignidade...vidas invisíveis.
Momentos difíceis, época de grandes mudanças. O mundo se contorce em cenas convulsivas de violência, catástrofes, escândalos... Os desmandos já não são ocultos e a ganância é evidente e "amiga" da permissividade. Tantos impostos cobrados, "montanhas" de dinheiro arrecadado, desvio de verba, "suor do povo" que serve banquetes, mordomias, luxo na vida vazia da minoria. Vidas essas que esvaziam-se de sensibilidade, solidariedade, altruísmo, caráter, bondade... Diante do sofrimento, somos chamados a prestar atenção, a enxergar o que até então nos parecia invisível. Todos temos o nosso lado bom e ruim, só nos cabe fazer florescer o que há de melhor em nós.
O tempo não pára. Estamos em contagem regressiva para o fim dos tempos: tempo de injustiça, tempo de arbitrariedade, politicagem, violência, sofrimento, fome, invisibilidade. Dias contados para aqueles que persistirem na iniquidade, na ganância corrosiva, na maldade... Viveremos o início de uma nova Era, tempo de harmonia, paz, amor ao próximo e cidadania.