sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O QUE VOCÊ QUER SER QUANDO CRESCER?

O mundo seria muito melhor se todos trabalhassem com amor e dedicação. Haveria uma atmosfera feliz onde quer que fôssemos. Infelizmente, muitos escolhem suas profissões pelo status, pelo salário ou ambos, outros simplesmente precisam aceitar qualquer trabalho para receber um salário mínimo no fim do mês e fazer "mágica" para alimentar, educar e vestir sua família.
O enfame dinheiro assume o controle de sonhos, pesadelos, traições, injustiças...Pagamos tanto para quem não faz quase nada e quase nada para quem tanto faz. Precisamos rever valores, unir forças, desprender antigas amarras... Há tanta disputa por um cargo político e tantas desistências na Educação. Por que? Será o professor um cargo em extinção e o político o novo sonho do cidadão? Trabalho ou remuneração?
Espero que nossas crianças sonhem em ser homens e mulheres de bem, cidadãos honestos, profissionais competentes, pessoas felizes e realizadas.
E você, o que se tornou quando cresceu?

2 comentários:

  1. O que me tornei quando cresci
    Acredito que vivemos um tempo de contradições, em que quantidade quase sempre significa falta de qualidade, somos sujeitos de múltiplas experiências rasas e pouco significativas, o que também se expressa em nossas opções ocupacionais. Relembrando o grande sociólogo Bourdieu, precisamos ter atenção aos nossos “habitus” e “capital cultural”, o que somos, como pensamos, o que desejamos, o que fazemos depende em grande parte das situações pelas quais já passamos, dos valores aos quais fomos submetidos, nossa personalidade depende das inúmeras influências a que estamos rodeados, sejam familiares, bairristas, midiáticas, sempre em função do maior tempo e maior significação que ganham em nossas vidas. O capital cultural que temos não é algo que se lê numa revista, mas uma prática social que é introjetada de tal forma em nosso ser que não tem como ser forjada ou escondida, por outro lado, nosso habitus é sedimentado lentamente, sendo reforçado, revalorizado passando a fazer parte de nós, não é discurso mas concretude. Outro estudioso, Lahire trata do termo configurações sociais para ampliar o conceito de classe, dizendo que além do nosso grupo sócio-econômico e familiar temos muitas outras influências determinantes, somos as opções que fazemos, a partir das alternativas que pensamos ter. Rompendo a questão teórica, cito Cecília Meireles quando fala do “aprender a olhar”, as situações podem ser as mais favoráveis e ainda assim frustrantes ou as mais desafiadoras e ainda assim otimistas, o jeito de olhar muitas vezes é muito mais importante do que a coisa apreciada, ou depreciada, é tudo uma questão de atitude. Gullar também nos faz pensar sobre nosso papel no mundo, fala sobre o que era esperado do poeta e do que ELE ERA COMO POETA, não era usual o poeta questionar as questões sociais apenas sonhar mas ele foi mais além deixou sua marca nas suas reflexões ácidas, poderia não ter ocupado sua vaga... “o poema está fechado, senhores (...) não fede nem cheira”. Cheira sim, Gullar, perfuma nossas almas seja com sonhos que são pão ou com verdades que são o chão.

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  2. As pessoas não deveriam fazer escolhas pensando somente no dinheiro, deveriam escolher o que dá a elas satisfação. Exercer uma função que de alguma forma ajude a humanidade. Um ótimo exemplo é o professor. Há algo mais lindo que transmitir conhecimento e participar da formação de uma pessoa? Acho que não.

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